terça-feira, julho 19, 2011

MATÉRIA - A ARTE DO BRINCAR - 8 JULHO 2011 - CORREIO BRASILIENSE

Transcrevo aqui a matéria publicada na Revista do Correio Brasiliense, no dia 8 de julho de 2011, na qual comento a importância do exercício da tentativa e erro, da tomada de decisões e das escolhas que são propostas durante o brincar. A matéria, assinada pela jornalista Maria Júlia Lledó, também pode ser vista no próprio site do Correio Brasiliense, através do link abaixo:

A ARTE DE BRINCAR

(clique na página abaixo, para uma maior visualização)

Lucio Abbondati Junior

domingo, julho 17, 2011

ENTREVISTA NA REVISTA VIDA LEVE - JULHO 2011

A Revista Vida Leve (julho de 2011) traz uma matéria na qual participo, sobre a importância do brincar para a união e o diálogo familiar. Nela, procuro demonstrar como o brincar permite a experimentação com possibilidades e como isso é importante para estabelecer uma relação com o meio e com as pessoas que nos cercam. Nosso cérebro é constantemente estimulado pelo desafio que os jogos propõem, mas sem os riscos inerentes da possibilidade de falhar. Eles também nos ensinam como lidar com a vitória e a derrota e como lidar com o outro, nas duas condições.

Ela está reproduzida abaixo, como estímulo ao conhecimento de como funcionam estes grandes motivadores cerebrais, válidos para todas as idades.

Na matéria, a repórter Ana Paula Kuntz também faz um apanhado geral dos lançamentos feitos no Brasil neste ano de 2011.

(clique nas páginas para ampliar)

Lucio Abbondati Junior

sexta-feira, julho 15, 2011

ENTREVISTA NO PROGRAMA QUEBRA-CABEÇA, NO GNT (SISTEMA GLOBO) II

Segue aqui mais um fragmento da entrevista que dei ao programa "QUEBRA-CABEÇA" inaugural, apresentado por Chris Nicklas e que faz parte da nova leva de programas do canal GNT (Sistema Globo) para 2011. Ela trata sobre a importância do brincar, tanto para a criança como para o adulto. , que dei ao programa inaugural “Quebra-cabeça”, apresentado por Chris Nicklas e que faz parte da nova leva de programas do canal GNT (Sistema Globo) para 2011.

Em nosso site irmão, o Programa Multidéias, é possível ver outra parte da entrevista, esta sobre sobre a superproteção infantil e a relação da criança com o mundo, através da experimentação. Ela pode ser visto clicando-se neste link.



Lucio Abbondati Junior


quinta-feira, julho 07, 2011

MATÉRIA NA REVISTA BRINCAR 41

Na recente Revista Brincar de número 41 (junho de 2011) , tive o prazer de ser gentilmente citado pelo repórter Andrés Lustwerk, na interessante matéria sobre o universo dos jogos de tabuleiro, onde ele aborda o mercado nacional e seus mais recentes lançamentos.

Reproduzo sua matéria abaixo, como referência para os apreciadores destas maravilhosas ferramentas, que funcionam como grandes estimuladores da atividade cerebral, para todas as faixas etárias

(a revista pode ser lida na íntegra, em sua versão em pdf, clicando-se na capa da revista, ao lado)



(clique nas páginas para ampliar)



Lucio Abbondati Junior

sexta-feira, maio 06, 2011

O VALOR DO BRINCAR QUE POUCOS CONHECEM


Brincar com alguma coisa, empresta-lhe um multiverso de possibilidades: a caneta que escreve pode transformar-se num submarino, ao ser posicionada na horizontal; num foguete quando na vertical ou num artefato que perfura e chega ao centro da Terra, quando na diagonal - tudo depende do grau de liberdade concedido à imaginação daquele que brinca. A ato confere luz, cor e cenário, transformando objetos banais em algo extraordinário.

Com uma bola nos pés, simples mortais transformam-se em jogadores de futebol, assim como nas mãos, em atletas do basquete ou do vôlei. Com auxílio da imaginação durante uma partida, muitos enxergarão a si mesmos como se estivessem vestindo a camisa de um time consagrado, sentindo-se sob holofotes e observação de uma platéia. Para o cérebro, tanto faz que uma experiência seja real ou imaginária – o treinamento do desempenho e aumento de habilidades adquirido pela prática, será idêntico ao obtido por um profissional. O que os diferirá, será a persistência que cada um irá propor a si mesmo. É o que faz com que atletas que outrora foram grandes profissionais, tornem-se acomodados e jogadores de várzea, novos campeões nos times.

Jogos de tabuleiro que contextualizam situações e estabelecem suas próprias regras, fornecem ao cérebro parâmetros suficientes para que desafios propostos sejam assimilados e as condições do jogo, preenchidas. A imaginação se incumbe do resto. Seja para controlar finanças no Monopoly (Hasbro) ou administrar “commodities” no Colonizadores de Catan (Grow), o cérebro rapidamente incorpora as regras e as utiliza em seu benefício, para vencer os obstáculos simulados do ambiente. E novamente estabelece-se um treinamento que aumenta o desempenho não apenas no jogo, mas nas vias neurológicas reais daquele que brinca, aumentando-lhe a capacidade decisória. Agrega-se aí o respeito pelas regras de convivência e pelo próximo, estabelecendo-se relações de camaradagem e condições de diálogo, além de proporcionar prazer. Jogar cria para os participantes, condições para testar sem riscos, através da tentativa e erro, suas soluções contra as dos adversários, em uma relação benéfica onde mesmo quem perde se favorece: no caso da uma vitória de um dos lados, verifica-se que as decisões que este escolheu se mostraram acertadas e em caso de derrota, aprende-se a solução que o adversário utilizou, incorporando sua experiência.

Quem brinca com uma boneca, empresta a ela com a mente, cenários, contextos, companheiros, situações determinadas e opções de atitude. E temos de novo o cérebro aumentando suas sinapses e estabelecendo novas vias de aprendizado, através da criação de pontes entre os mais diversos centros cerebrais.

O cérebro não é um órgão estático. Se estimulado por alguma nova possibilidade, abre frentes de aprendizado e comunicação entre seus centros, interagindo e especializando novas funções. É o que permite a algumas pessoas se tornarem virtuoses no violão e outras, hábeis cirurgiões, utilizando o mesmo “equipamento corpóreo”, as mãos.

Pode alguém deixar de se beneficiar por uma melhora no desempenho cerebral? O brincar freqüente abre campos de possibilidades infinitas na formação de habilidades, estimulando o estabelecimento de novas conexões neurológicas e o aumento da bainha de mielina que cobre os axônios, tornando-os mais eficientes em sua condução. É um exercício vital para quem almeja desempenho, tão válido para crianças e adolescentes, quanto para adultos e idosos. Por isso mesmo, são grandes protetores contra os déficits de atenção e os lapsos de memória.

Assim como os halteres e os equipamentos de ginástica em uma academia simulam situações para que a musculatura possa se adaptar e se desenvolver, brinquedos e jogos simulam condições para que o cérebro possa aumentar desempenho, com a importante vantagem de agregar prazer à experiência – algo sem igual.

Lucio Abbondati Junior

segunda-feira, maio 02, 2011

ENTREVISTA SOBRE OS JOGOS - REVISTA DO JORNAL "O FLUMINENSE" - 01/05/2011

Aqui está a íntegra da entrevista que dei à revista do jornal O FLUMINENSE, no dia 01 de maio de 2011, sobre a importância dos jogos. Eu e minha esposa agradecemos a sua equipe, pela gentileza com que nos acolheu.

( Clique nas imagens abaixo, para ver melhor )

















terça-feira, abril 26, 2011

REVISTA NOVA ESCOLA EQUIVOCA-SE SOBRE A LUDICIDADE

A prestigiosa revista NOVA ESCOLA de número 240, em sua matéria de capa "Idéias que jogam contra o ensino", marcou um retumbante gol contra ao afirmar ser um mito o fato de que “Os alunos aprendem mais quando a atividade é lúdica” (14a afirmação da lista, na página 43). Ela sustenta que “atividades dinâmicas e divertidas” não garantem necessariamente o esforço cognitivo, força de vontade, disciplina, concentração e dedicação em sala.

O que a revista não explicita, contudo, é qual proposição pedagógica garante todas as condições acima descritas! Há algum método educacional ainda não divulgado que as assegure peremptoriamente?

Causou-me espécie a revista exigir isto da ludicidade, desqualificando-a sumariamente como recurso pedagógico, pois ao que me consta, não há qualquer consenso na pedagogia até o presente momento, sobre um método que ofereça tais garantias – muito pelo contrário. Tudo o que se percebe atualmente, com certeza, é que a aula tradicional já não garante nada disso.

Supor que o esforço, a força de vontade, a disciplina, a concentração e a dedicação obtidas pela ameaça da reprovação, serão suficientes para obter a apreensão de conhecimentos, é ignorar ou desconsiderar sumariamente a forma como o cérebro humano reage. Qualquer um que for instado a aprender para passar em provas, sem qualquer percepção de aplicabilidade do conhecimento recebido, interação direta ou interesse, tal como é feito hoje na maioria das escolas, obterá apenas uma brilhante nota no currículo, seguida pelo apagamento da informação em sua memória, no findar do período de testes. Terá um canudo na mão e uma cabeça vazia, já que a mente humana é extremamente eficaz no descartar de tudo o que não suscita envolvimento.

Desconsiderar o desejo e a curiosidade como molas mestras do aprendizado, tal como a matéria sugere ao desqualificar a ludicidade como meio de ministrar informação, é persistir no erro que vem levando o nosso ensino e o de muitos países, para o abismo. As afirmações do texto me lembraram o preconceituoso lema estampado na sala de aula do filme Mathilda: “Se você está se divertindo, é por que não está aprendendo”.

Mesmo a França que um dia já foi berço da educação, só faz afundar nas avaliações do Pisa, ao persistir na utilização dos mesmos princípios aplicados hoje em escolas brasileiras: aulas maçantes, onde o professor fala e os alunos devem escutar calados e imóveis em suas carteiras, um conteúdo pouco ou nada estimulante.

O aprendizado que conta com mais receptividade por parte dos alunos, é justamente aquele que propõe uma participação interativa, envolvente e prazerosa na relação com o conhecimento, pois a mente humana se mostra receptiva a qualquer tema que suscite interesse no indivíduo. Há inclusive uma área específica do cérebro com esta finalidade, o hipocampo, que atuando como detector de novidades, ativa o interesse e a atenção pela liberação de dopamina. Brincar com possibilidades é uma ação educacional efetiva, prazerosa e estimulante para alunos e mestres, que gabarita maior retenção do conhecimento recebido.

Não é preciso muito esforço para perceber a diferença que um pouco de interatividade produz no ensino. Basta pedir que cada pessoa se lembre das aulas que se tornaram relevantes em suas vidas, entre tantas outras, para que se descubra que o que as destacou das demais foi justamente alguma nova forma de interação proposta pelo mestre. Esta ação pode ter sido uma brincadeira, um novo ângulo de introduzir um conteúdo, uma abordagem inesperada pelos alunos ou um procedimento que implicava numa mudança no padrão formal de ensinar. Perceba então, que o que tornou tais conteúdos marcantes em sua memória, foi justamente aquilo que também apagou nesta, as demais aulas ministradas de forma tradicional.

Em vista do que já se consagra hoje no campo da neurociência do aprendizado, com a clara evidência da relação existente entre o prazer e a retenção do conhecimento, faz-se necessário uma urgente revisão dos conceitos (e preconceitos) sobre a ludicidade, para evitar que se continue propagando que esta é pouco útil como ferramenta de ensino.

Jogos, brinquedos, ferramentas e atividades lúdicas são sim, instrumentos de interação extraordinariamente úteis ao processo educacional, que podem e devem ser cada vez mais usados para aumentar a eficiência na transmissão de conteúdos.

Lucio Abbondati Junior

(Publicado também em www.programamultideias.blogspot.com)

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